No brilho dos neons de São Paulo, achava que estava acostumada com encontros fugazes. O BTC Sugar Dating era só uma plataforma de acordos claros pra mim: eu dou tempo, você dá Bitcoin, sem amarras. Mas naquela noite, paguei por 60 minutos da companhia dele, e ele me deu uma noite inteira de verdade.
Me chamo Clara, 28 anos, designer freelancer. A vida tá de boa, mas sinto um vazio que não explico. Meus amigos dizem que sou fechada, fujo do amor como se fosse uma armadilha. Talvez, mas cansei de promessas ocas. Entrei no BTC Sugar Dating por impulso, sem nada a perder. O perfil dele era simples: 32 anos, cara de tecnologia, curte filmes e caminhadas noturnas, foto de uma xícara de café desfocada. Mandei uma mensagem leve: “Bate-papo rápido no fim de semana? Uma hora tá bom.” Ele respondeu rápido: “Beleza, escolhe o lugar.” Aí veio uma pequena transferência de Bitcoin, com uma nota: “60 minutos, combinado.” Sorri—direto assim.
Marcamos num bar na Vila Madalena, luzes suaves, jazz ao fundo. Ele já tava lá, numa mesa de canto, de suéter preto básico, parecia saído de um filme indie. Levantou, sorriu: “Você tem mais vida que a foto.” Revirei os olhos—que clichê—mas sentei, pronta pra minha hora.
Só que as coisas desandaram. Ele se chamava Lucas, não era daqueles galanteadores. Falava devagar, mas cada palavra acertava em cheio. Perguntou como eu tava, respondi qualquer coisa: “A vida é uma corrida sem fim.” Ele não riu, me olhou: “Você para pra respirar às vezes?” Fiquei sem graça—quem pergunta isso? Ele abriu o jogo: um cara normal na tecnologia, estressado, insone, sem ninguém pra conversar de verdade. “Tô no BTC Sugar Dating pra ser eu mesmo com alguém, nem que seja por uma hora.”
Meu coração balançou. Meu sorriso “profissional” rachou. Falamos de filmes—ele curte Call Me by Your Name pela emoção crua. Zuei: “Um nerd vendo isso?” Ele riu: “Nerds também têm coração.” A hora passou, mas não parei. Ele pediu mais uma rodada: “Não tô com pressa hoje. E tu?” Dei de ombros: “Tanto faz.”
Conversamos até de madrugada. Sobre a infância—ele amava sair com os pais, eu tinha memórias parecidas. Sobre noites insones—ele ouve jazz, eu fujo pra filmes antigos. Era como acender luzinhas nas nossas solidões. Naquela noite, Bitcoin não veio à tona, e esqueci que era um “acordo”. Ao sair, o céu tava clareando. Ele me acompanhou até o metrô, disse: “Valeu, de verdade.” Sorri: “Passou dos 60 minutos.” Ele balançou a cabeça: “Isso não comprei. Você me deu.”
Em casa, abri o BTC Sugar Dating, olhei o perfil dele, com um aperto no peito. Os Bitcoins tão na minha carteira, mas o valor daquela noite? Sem preço. Numa cidade de máscaras como São Paulo, o BTC Sugar Dating me levou a ele—alguém que quebrou as regras com sinceridade. Achei que comprei o tempo dele, mas ele me deu uma noite mais valiosa que dinheiro.