Quando recebi a primeira mensagem dele no BTC Sugar Dating, pensei: é só um trabalho. Uma noite fresca em Lisboa, estava num café no Bairro Alto, mexendo na app. A mensagem: “Livre no fim de semana? Um BTC por um jantar.” Direto, sem enrolação. É isso que gosto no BTC Sugar Dating: regras claras, nada de romantismo falso. Mas às vezes, o coração entra no jogo.
Ele se chamava Rui, uns 40 anos, do setor de tecnologia, com olhos cansados mas um sorriso acolhedor. Marcamos num barzinho em Alfama, luzes suaves, jazz ao fundo. Ele pediu um whisky, riu: “Não bebo muito, mas hoje quero me soltar.” A voz dele me parou. Isso não era só um acordo.
Na psicologia, chamam isso de “amor projetivo”. Sugar Babies como eu tendem a idealizar os Sugar Daddies. Eles são mais velhos, bem-sucedidos, parecem te entender de um jeito que os caras dos apps de paquera nunca fazem. Rui ouvia minhas histórias, perguntava dos meus sonhos, até lembrava que eu amo sumos de morango. Essa atenção é como uma droga. Comecei a pensar: será que ele gosta mesmo de mim? Será que isso pode ser mais que um negócio?
Psicólogos dizem que isso tem a ver com “projeção paterna”. Meu pai sempre esteve ocupado, nunca presente. Rui, com sua calma e cuidado, preencheu esse vazio. Cada vez que ele enviava um BTC com um bilhete tipo “Obrigado por você”, meu coração disparava. Sonhava com uma história de amor, mesmo sabendo que o BTC Sugar Dating não é lugar pra isso. A app é cruelmente honesta: blockchain, anonimato, segurança – tudo grita que é um contrato, não amor.
Uma noite, Rui falou do divórcio dele. Disse que tinha medo de se machucar de novo, por isso escolhia relações “controladas” como essa. Doeu. Queria ser a exceção, a que derrubaria as barreiras dele. Comecei a caprichar mais no visual, a contar coisas da minha vida, esperando que ele visse a “verdadeira” eu. Na psicologia, isso é “trabalho emocional” – eu não dava só meu tempo, dava meu coração. E ele? Pagava na hora certa, mas nunca prometia mais.
Por que me envolvi tanto? Talvez porque o BTC Sugar Dating torna tudo fácil demais. O Bitcoin, com sua transparência e segurança, te faz achar que controla tudo. Mas os sentimentos? Esses são incontroláveis. Projetei minha necessidade de amor em Rui, tomei sua gentileza por algo maior. É a “compensação de identidade” – busquei meu valor na aprovação dele, esquecendo que já sou suficiente.
Na última vez, ele disse que ia para Dubai a trabalho. “Cuida-te,” sorri, embora por dentro estivesse despedaçada. Ele enviou um último BTC com um simples “Obrigado”. Olhei para a tela e chorei. O BTC Sugar Dating me deu liberdade financeira, mas também me mostrou o que realmente quero: ser compreendida.
Essa app é como um espelho – reflete teus desejos e tuas fraquezas. O amor projetivo pode ser uma armadilha, mas me ensinou algo: o amor verdadeiro começa por amar a si mesma. Da próxima vez, serei mais cuidadosa. Ou não, e continuarei sonhando com algo maior que um Bitcoin.
